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Sindimol lança programa de capacitação de mão de obra
Objetivo é formar marceneiros e operadores de máquinas para atuar nas fábricas de móveis e marcenarias. Previsão é capacitar 100 profissionais em 2021
Preocupados com a escassez de mão de obra qualificada para atuar nas fábricas de móveis seriados e marcenarias do polo moveleiro de Linhares, o Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do ES, Sindimol, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria, Senai, lança o programa de qualificação de mão de obra. A previsão é capacitar 100 profissionais ainda este ano.
O presidente do sindicato, o empresário Bruno Barbieri Rangel, explica que com o crescimento do setor industrial do município as fábricas de móveis foram afetadas pela migração de profissionais para outras indústrias, o que influência diretamente na produtividade, por isso a decisão de investir na formação de mão de obra.
“O setor industrial em Linhares cresceu de forma considerável nos últimos anos, criando uma concorrência por mão de obra especializada, e as fábricas de móveis foram bastante afetadas com a migração de profissionais para outras indústrias, o que influencia diretamente em nossa produtividade, e exige de nós empenho para fomentar o interesse da sociedade em trabalhar na indústria moveleira de nossa região”, esclarece Barbieri.
Outro motivo importante para formação de profissionais, segundo o presidente, é o crescimento tecnológico do setor. “Nossas indústrias cresceram e se modernizaram, e para continuar se desenvolvendo precisamos cada vez mais de profissionais qualificados e capacitados, que possam contribuir de forma efetiva com a melhoria dos processos de produção e de qualidade dos produtos”.
O empresário e Diretor de Comunicação do Sindimol, Gustavo Nascimento, da Panan Móveis, diz que já sofre com a falta de profissionais qualificados no mercado, por isso vê com bons olhos a iniciativa do sindicato. Para ele essa também é uma maneira de criar oportunidade para comunidade local. “Nós já sentimos os efeitos da falta de mão de obra específica, qualificada, por isso apoiamos essa iniciativa do sindicato. Essa também é uma maneira de valorizar a comunidade que estamos inseridos, gerando oportunidade e renda para as famílias locais, e ganhos de produtividade e qualidade para as empresas moveleiras”, destaca Gustavo.
Feitos sob medida
A formação dos novos profissionais se dará por meio do programa Jovem Aprendiz, reformulado para atender as demandas do setor, e por meio do curso de operadores de máquina, desenvolvido pelo Senai, com a mesma finalidade. As aulas da primeira turma de jovens aprendizes, com 20 alunos, já começaram e são voltadas para formação de marceneiros. A turma de operadores de máquina, também com 20 alunos, terá início no próximo dia 08 de março.
O curso de Jovem aprendiz será feito 100% no Senai, já o de operadores será realizado, parte no Senai, e parte nas fábricas. André Pessoti, Diretor de Tecnologia do Sindimol, fala da importância do Senai nesse processo de formação de mão de obra. “O Senai, além de todo o conhecimento técnico, é uma instituição de ensino, ou seja, também tem a expertise educacional. Isso proporciona aprendizado mais completo e rápido, já que possuem métodos para isso”, pontua Pessoti.
André disse ainda que os custos com o curso de operador de máquina serão pagos pelas empresas, assim como a seleção dos alunos, também será feita pelas empresas, por meio de triagem entre os colaboradores das indústrias, oportunizando assim capacitação para quem já está atuando no setor.